Cupins desempenham papel chave na alteração das propriedades físico-químicas dos solos, o que permite o estabelecimento e manutenção de uma ampla diversidade de espécies. Nesse estudo, testamos a hipótese de que locais com ninho de cupim apresentam maior abundância e riqueza de invertebrados de solo quando comparados a locais sem ninho. O experimento foi conduzido em uma área de Caatinga, em Poço Redondo-SE. Para isso, foram instaladas 14 parcelas (5 x 5m2) no campo, as quais foram submetidas aos tratamentos ‘sem ninho’ e ‘com ninho’ (N = 7 parcelas/tratamento). Neste último tratamento, um ninho de /textit{Constrictotermes} sp. estava presente no centro de cada parcela. A amostragem da fauna de solo foi realizada com o uso de quatro pitfalls, que foram dispostos ao longo dos eixos cardeais, a 1m do centro de cada parcela. Foram encontrados 1022 indivíduos distribuídos em 17 morfotipos de artrópodos. A riqueza de morfotipos não diferiu entre os tratamentos. No entanto, a abundância de artrópodos foi significativamente maior nas parcelas com ninhos. Houve diferença significativa na composição das espécies entre os tratamentos com e sem ninhos. O particionamento da ß diversidade demonstrou que o processo de perda de espécies foi o responsável pela variação na composição de espécies entre os tratamentos, uma vez que determinadas espécies ocorreram exclusivamente nas áreas com ninhos. Nossos resultados mostram que a presença de ninhos de cupins pode contribuir para o aumento da abundância de invertebrados, assim como facilitar a permanência local de determinadas espécies. Financiamento: CAPES e FAPITEC.